ESG e o Capitalismo de Stakeholder

Devido às crises econômicas, sociais e ambientais que a sociedade enfrenta nos últimos anos, o termo ESG se torna cada vez mais presente nas discussões entre líderes políticos, econômicos e de grandes organizações ao redor do mundo. O termo que nasceu há mais de uma década, e que nos últimos anos se tornou essencial para as organizações, traz uma nova ótica para o modelo capitalista, que até pouco tempo, era enxergado com o objetivo de gerar lucro para acionistas a qualquer custo, seja ele social ou ambiental.

 

A preocupação com o meio ambiente, comportamento ético e ações para diminuir as desigualdades sociais dentro de uma empresa, independente do setor em que ela atua, era considerado um diferencial há pouco mais de 20 anos. Já nos tempos atuais, o espaço para organizações que trabalham e pensam em um modelo de capitalismo que não é sustentável é cada vez menor, e o Capitalismo de Stakeholder é cada vez mais aprimorado para se tornar um modelo mais eficiente e implementado ao redor do mundo. 

 

Mas afinal, o que é o Capitalismo de Stakeholder?

 

A primeira vez que o termo “Capitalismo de Stakeholder”, ou “Capitalismo de partes interessadas” apareceu foi no início da década de 70, quando o engenheiro e economista alemão Klaus Schwab descreveu o conceito e criou o embrião do que viria a ser o Fórum Econômico Mundial.

 

O Capitalismo de Stakeholders, é um conceito pelo qual as organizações buscam criar valor a longo prazo, levando em consideração toda cadeia envolvida, como trabalhadores, fornecedores e clientes, bem como a comunidade em que ela está inserida e a sociedade em geral. Esse modelo de capitalismo busca promover o bem-estar social e ambiental, por isso também é conhecido como “capitalismo consciente”, nele os negócios não se limitam apenas à lógica do lucro, mas vão além, pensando no futuro da sociedade, geração de renda, empregos e qualidade de vida.

 

Nós já falamos aqui, no Blog da Virtú, sobre o que é ESG e como as empresas vêm adotando essas práticas. O Capitalismo de Stakeholder, além de alinhado com essas temáticas, é incentivado pela  Agenda 2030, da ONU, sendo amplamente discutido e aprimorado no Fórum Econômico Mundial.

 

As práticas ESG e o Capitalismo de Stakeholder estão modificando a maneira de se fazer negócios

 

As práticas ESG deixaram de ser uma pauta secundária nas organizações, tornando-se essencial para pleitear investimentos internacionais, principalmente de fundo de investimento europeus. Em meados de 2019, a Business Roundtable, uma associação que reúne as maiores corporações dos Estados Unidos, fez um manifesto assinado por 181 CEOs de empresas de apelo mundial, dentre elas a Apple, Bayer, Dell, IBM e Coca-Cola, reforçando o propósito das corporações com o bem-estar social e ambiental.

 

Além disso Larry Fink, CEO da BlackRock, uma das maiores empresas de gestão de investimentos da atualidade, afirmou que a sustentabilidade seria o novo padrão de investimento da BlackRock. E em uma carta no início de 2022 pediu engajamento para a implementação do Capitalismo de Stakeholder, como aponta essa matéria do site Valor Econômico.

 

Para Fink, este conceito vai além de uma agenda política:  “Não é justiça social. É um capitalismo conduzido por relacionamentos mutuamente benéficos entre você e os funcionários, clientes, fornecedores e comunidades nas quais sua empresa depende para prosperar”. As empresas estão pensando não somente de forma utópica, mas alinhando suas formas de se gerar capital com um pensamento sustentável, Larry Fink afirma que sustentabilidade é igual a rentabilidade. Gerando assim um pensamento que vai além do lucro imediato e expandindo para o futuro.

 

É certo que os consumidores mudaram sua forma de enxergar as empresas e os produtos que são consumidos mundialmente. Há diversas pesquisas apontando a preocupação das gerações Z e millennials com o consumo consciente. A cada dia os consumidores se tornam mais exigentes com marcas, optando por consumir aquelas que estão alinhadas com práticas voltadas para o meio ambiente, sociedade e a construção de um futuro menos caótico para a humanidade.

 

Práticas ESG e Capitalismo de Stakeholder não são apenas para grande organizações

 

Falamos bastante em como as multinacionais estão adotando todo esse sistema inovador e visionário para um futuro em que o lucro seja sustentável, mas essas práticas podem ser adotadas também por novos empreendedores e empresas com alcance regionalizado.

Por exemplo, o Pacto Global auxilia empresas a se alinharem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. De caráter global, é a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil participantes, entre empresas e organizações, distribuídos em 70 redes locais, que abrangem 160 países. E você, pequeno empreendedor, também pode se aliar a iniciativa e começar a adotar práticas ESG desde o início de sua jornada corporativa.

Para melhorias de performance

Gestão de Processos

• Desenvolvimento de habilidades socioemocionais;
• Desenvolvimento de competências;
• Avaliação de desempenho;
• Treinamentos e workshops;
• Preparação para formação de times diversos.

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